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O ex-secretário também argumenta que o Novo Código não remunera que tem sua Reserva Legal, não incentiva a criação dos consórcios de produtores e não promove ações para revitalizar os corredores de fauna e flora. "Esse código engessado, é uma 'colcha de retalhos' com os vetos da presidente Dilma. Não é diminuindo as áreas sensíveis sob o ponto de vista florestal que vamos resolver o problema do agricultor brasileiro e muito menos guardar o ambiente brasileiro equilibrado," explica. Dentro da política de Desenvolvimento Florestal defendida por Lima, há a implementação de itens como incentivo ao pequeno produtor pelas áreas sensíveis que ele preservasse. No caso das APPs, explica, elas seriam remuneradas a arrendamento - considerando a aptidão do solo -, pelo valor do hectare local. O mesmo critério, assegura-se para a Reserva Legal. "Ou seja, o pequeno produtor não perderia nenhum centavo com essa política ao preservar. Seria como dizer que se ele preservar ou plantar receberia teoricamente o mesmo tanto." Ricardo sugere o consórcio de pequenos produtores, uma espécie de incentivo através de um fundo nacional de produção da agricultura, que além de homogeneizar e ter melhores garantias produtivas e de proteção da safra para o agricultor, seria remunerado pela Agência de Bacias para a criação dos corredores de fauna e flora. Piau e os ambientalistas Sobre a postura ambiental do então deputado e relator do Código Florestal e hoje, prefeito de Uberaba, Paulo Piau (PMDB), Ricardo opina: "Como engenheiro agrônomo ele [Piau] deve entender que a produtividade é a garantia de sobrevivência dos pequenos, e que, por isso, viu poucas saídas em relação ao Código". Para Ricardo, devido 'as "limitações" Piau foi obrigado a assumir o lado dos ruralistas, perdendo, com isso, vários amigos que o apoiaram. "Piau sempre teve sensibilidade ambiental, nos ajudou no projeto do aterro sanitário, da recuperação vegetal, do tratamento de esgotos, mas no caso do Código Florestal, ficou muito pró - ruralista, embora de certa forma coerente, poderia ter evoluído mais na política florestal. Talvez, ele tenha alguma sensibilidade para apoiar uma lei que promova o Desenvolvimento Florestal e ter a oportunidade de se aproximar novamente dos ambientalistas", finalizou o ex-secretário.
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